1. Cenário de Incerteza e Adaptação

Embora a aprovação da Emenda Constitucional 132/2023 e da Lei Complementar 214/2025 traga avanços, muitos pontos ainda carecem de regulamentação, gerando dúvidas operacionais e estratégicas para empresas.
A transição gradual reforça a necessidade de planejamento preventivo.
2. Simplificação do Sistema Tributário
A unificação de tributos como ICMS, ISS, PIS, COFINS e IPI em um modelo dual composto por IBS e CBS visa reduzir a burocracia e uniformizar o sistema fiscal. Para as empresas, isso significa menor complexidade na apuração, mas exige adequação completa de processos internos.
3. Transição Gradual e Testes Operacionais
- 2026: testes com alíquotas simbólicas — CBS (~0,9%) e IBS (~0,1%); sem recolhimento real.
- 2027: cobrança efetiva da CBS; IBS começa transição; ICMS, PIS, COFINS começam a ser extintos; IPI reduzido a zero. IS entra em vigor.
- 2029–2032: ajustes finais; IBS elevado gradualmente; ICMS e ISS extintos.
- 2033: sistema IBS/CBS em pleno funcionamento.
4. Comitê Gestor do IBS e Incertezas Regulamentares
A criação do Comitê Gestor do IBS é essencial para coordenar a arrecadação e mitigar litígios, mas sua composição e funcionamento ainda não foram regulamentados — o que representa um risco no cenário de tomadas de decisão.
5. Fundo de Compensação e Mitigação da Guerra Fiscal
Um fundo público, com aporte contábil de R$ 8 bilhões em 2025 (expandindo até R$ 32 bi em 2028-29), será criado para compensar estados que perdem incentivos fiscais com a migração do ICMS para o IBS. Somente entre 2029-2032 as compensações serão efetivadas.
6. Fim da Cumulatividade e Atualização Contábil
O modelo IBS/CBS será 100% não cumulativo, permitindo maior controle sobre créditos. Contudo, empresas precisarão atualizar sistemas contábeis e fluxos de pagamento, pois créditos só serão reconhecidos após liquidação financeira.
7. Split Payment (2026 em diante)
A partir de 2026, será adotado o sistema de split payment, que direciona automaticamente os valores de IBS/CBS ao Fisco no momento da liquidação da operação — sem passar pelo caixa da empresa, exigindo ajustes fiscais e operacionais.
8. Impactos Humanos e Acelerada Demanda por Especialistas
- 53% das empresas planejam contratar novos colaboradores entre 2026-2033 para estruturar compliance tributário.
- Profissionais de contabilidade, tributaristas, analistas de ERP e compliance serão altamente demandados nesse período.
9. Por que isso é relevante para empresas da saúde?
- Setor altamente tributado — mudanças exigirão revisão de regimes e planejamento estratégico.
- Empresas do segmento saúde possuem múltiplos benefícios fiscais que devem ser auditados dentro do novo modelo.
- A antecipação e adaptação proporcional — reconfiguração de ERP, documentos fiscais e análise de crédito tributário — serão diferenciais competitivos.
Tabela resumida dos impactos
Impacto | Descrição | Recomendação para Saúde B2B |
---|---|---|
Simplificação fiscal | IBS e CBS substituem 5 tributos | Reestruturação de processos e sistemas ERP |
Transição gradual | 2026-2033 em fases | Simulações financeiras e planejamento antecipado |
Créditos não cumulativos | Apenas após pagamento informado | Revisão de registros contábeis e fluxo de caixa |
Split payment | Recolhimento automático no ato | Avaliar contratos e integrações fiscais |
Guerra fiscal e Fundo | Compensações estaduais entre 2029 e 2032 | Monitorar adesão e benefícios válidos |
Demanda por especialistas | Forte busca por fiscais, ERP e compliance | Investir em treinamento e parcerias estratégicas |
Considerações estratégicas finais

A Reforma Tributária representa uma verdadeira transformação estrutural no sistema fiscal brasileiro. Para empresas da saúde, isso significa:
- Reconfiguração de apuração tributária e sistemas ERP;
- Necessidade de compliance fiscal robusto e estratégico;
- Capacitação técnica e acompanhamento contínuo de regulamentações.
A Diferencial Tributária oferece:
- Simulações customizadas com base no novo modelo IBS/CBS;
- Mapeamento de créditos tributários e regimes ideais;
- Apoio em transição operacional e contábil, orientando sua equipe e sistemas.
A Reforma Tributária já está transformando o cenário fiscal das empresas brasileiras.
Com novas regras para consumo, mudanças na CBS e IBS, extinção de tributos e redistribuição de competências, adaptar-se deixou de ser uma opção — é uma necessidade estratégica.
Empresas que não se atualizarem correm sérios riscos de sofrer com autuações, perda de benefícios, aumento da carga tributária ou decisões equivocadas por falta de informação.
Mas a boa notícia é que, com o planejamento certo, é possível transformar essas mudanças em oportunidades reais de economia, eficiência e segurança jurídica.
Quer saber o que muda no seu setor e como sua empresa pode se preparar com assertividade?
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